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A Revolução Robótica na Restauração Capilar
- 21/08/2015 00:00:00
- 3380 dias
Em Novembro do ano passado, iniciou-se uma nova era da cirurgia capilar no Brasil com a chegada do Robô Artas.
Com o Artas, o transplante de cabelos evoluiu para a tecnologia robótica, que já é imprescindível em algumas áreas da medicina. Durante a última década, os procedimentos robóticos têm avançado em muitas cirurgias de precisão, para ajudar cirurgiões em movimentos cirúrgicos difíceis e repetitivos, reduzindo a variabilidade manual.
O Artas é um sistema cirúrgico assistido por computador, controlado pelo médico, que atua no primeiro tempo da cirurgia de restauração capilar: a fase de colheita das unidades foliculares, mas já está sendo desenvolvido para realizar a última fase da cirurgia, que é a da colocação dos enxertos.
O Robô combina várias características, incluindo um braço robótico guiado por tecnologias de imagens especiais, pequenos suportes para esticar a pele e uma interface de computador para disparar a agulha que disseca os folículos.
Só nos EUA, 50 milhões de homens sofrem com a calvície hereditária. No mundo, são realizados 310 mil transplantes capilares por ano em indivíduos de 18 a 80 anos, embora a maioria seja realizada em pacientes entre 25 a 40 anos de idade.
Pacientes operados pelo robô, principalmente aqueles que já haviam realizado o procedimento anteriormente pela antiga técnica FUT (Follicular Unit Transplant), demostraram um elevado índice de satisfação pós-cirurgia. As principais vantagens citadas por eles com relação à antiga técnica são: procedimento de rápida recuperação, sem dor no pós-operatório imediato e sem desconforto local no pós-operatório tardio, não deixa cicatrizes visíveis, permitindo usar os cabelos em qualquer estilo, inclusive raspado.
Com o Artas também é possível reparar cirurgias inestéticas que foram realizadas através de outras técnicas, inclusive quando existem cicatrizes lineares no couro cabeludo. O Robot colhe as mudas entre as mesmas sem interferir na eficiência do procedimento e sem deixar novas cicatrizes no local.
Com a chegada do Artas Robotic, ocorre também um avanço da técnica FUE (Follicular Unit Extration) em que as unidades foliculares são colhidas manualmente da área doadora do indivíduo, procedimento sujeito à fadiga e à variabilidade manual.
Agora, o que se fazia com o microaparelho manualmente, passa a ser realizado pelo Robô. Dentre as principais diferenças, destacam-se: eficiência, rapidez e precisão na extração dos enxertos foliculares, minimizando danos aos folículos e tempo da cirurgia. A cirurgia Robotic FUE, também não deixa cicatrizes no couro cabeludo e o paciente não sente dor no pós-operatório. Já a desvantagem na utilização do Artas está no custo do sistema robótico, que é maior do que nas técnicas anteriores, em função da tecnologia envolvida.
O procedimento é realizado sob sedação e anestesia local e a cirurgia dura, em geral, de 6 a 10 horas, e é realizada em sala cirúrgica hospitalar. O pós-operatório é rápido, os pacientes podem retornar às atividades normais após 48 horas. Atividades físicas e esportes individuais estão liberados após 5 dias. Os cabelos implantados nascem após 90 dias e crescem 1 cm por mês. Com 8 meses, os indivíduos começam a observar o resultado final da cirurgia.